quarta-feira, 10 de abril de 2013
quinta-feira, 14 de março de 2013
Tudo que é improvável é mais bonito - minha primeira fanfic
Harry foi
dar uma mijada.
Ele não viu
ninguém no banheiro. Usou o mictório e relaxou. Quando terminou, pouco antes de
sair do banheiro, ele ouviu um barulho. Ele parou. Uma das portas dos boxes do
banheiro estava fechada. Por um momento Harry achou que aquele barulho poderia
vir da Murta que Geme. Mas era o banheiro masculino, nem morta a Murta iria
invadir o banheiro dos meninos.
Mas eram
sons de suspiros. Soluços. Harry abriu delicadamente a porta do boxe. Draco Malfoy
estava sentando em cima do vaso, com as mãos abraçando as pernas, chorando como
um bebê.
- Olá,
Malfoy. Dia ruim?
- Não é...
da sua conta... Potter! – Os olhos de Malfoy estavam vermelhos e suas bochechas
molhadas. Harry sorria.
- Tudo bem,
cara. Eu também choraria se eu fosse você.
Malfoy avançou
para cima de Potter, estrangulando-o. Ele o derrubou no chão. Mas suas mãos
tremiam, ele não conseguia ter força para apertar o pescoço de Harry.
Potter gargalhava.
Draco sentou-se
no vaso novamente. Ele pôs as mãos nos cabelos. Suas mãos tremiam muito. Harry se
levantou com um cínico sorriso.
- Pelo
jeito você não está indo bem no estágio probatório dos comensais da morte.
- O que
você sabe?
- Não vamos
discutir isso de novo. Eu sei. Mas tudo bem, pode chorar à vontade. Lord Voldemort
vai patrocinar algum psicólogo pra você?
Malfoy tentou
se recompor. Ele tirou um lenço do bolso e enxugou as lágrimas
- Isso não
tem nada a ver com Lord Voldemort, ou comensais da morte, nem nada. Harry... eu
não gosto de você. Nunca gostei. Ainda mais agora. Mas... porra... ainda bem
que você sabe. Você é o único que sabe. Eu não contei a ninguém. É uma coisa
horrível, mas eu tenho que fazer. Sei lá, acho que você entende como é difícil.
- Não,
desculpa, eu nunca fui incumbido pra matar ninguém, então eu não sei como é.
- Olha pra
você. Nem parece que não tem família. Mas droga... – Draco chorava de raiva. –
Eu invejo você. Eu te invejo com todas as minhas forças. Nada parece te abater.
Eu queria ser forte. Eu queria enfrentar as coisas de cabeça erguida como você
sempre faz. Você não merece a vida que tem.
- Cara, já
vi que você não me conhece.
Harry se aproximou
de Draco. Olhou em seus olhos. Suspirou.
- Você tem
razão, Draco. Eu não tenho família. Tenho meus tios trouxas, mas para eles é
como se eu não existisse. Eu não sei por que estou dizendo isso pra você. Acho que
é porque não sei como lidar quando vejo um homem chorando.
Draco deu
uma sutil risada. Harry riu junto.
- Porra...
você é meu inimigo. Eu não deveria chorar na sua frente, isso demonstra
fraqueza. Droga, eu tô sozinho pra caralho.
- Sério? Eu
nunca te vi sozinho. Sempre te vi com os grandalhões da Sonserina.
- Eles não
entendem nada. Não dá pra conversar com eles. Acho que nem gostam de mim. Mas olha
pra você, todo mundo gosta de você.
- Todo
mundo quem? Draco, com quantas pessoas você me vê falar aqui nesse colégio
inteiro?
- Weasley e
Hermione. Mas eu já te vi com a Luna, então...
- Então
significa que eu só tenho três amigos. E quer saber de uma coisa? Isso é mais
do que eu mereço. Draco, deixa eu te dizer uma coisa. Amizade não só é gostar
da pessoa. É ajudar alguém a enfrentar um dragão, é estar ali quando a pessoa
que seu amigo mais ama na vida vai embora, é rir e sorrir apenas porque aquela
pessoa está do seu lado. Draco, eu não sei como é a linha de pensamento da
Sonserina, mas se eu a seguisse, eu não teria amigo algum. Ninguém gosta da
Luna, mas eu adoro conversar com ela, não tô nem aí se ela é estranha ou não. Todo
mundo acha o Rony idiota, e eu também, mas eu sempre dou risada quando tô perto
dele e isso é perfeito. E quer uma puta prova de amizade? Imagine a garota dos
seus sonhos. Imagine você conhecer a garota mais linda do mundo. Imagine você
ver essa garota todo dia. Agora imagine você abrir mão dela por causa de um amigo. Sinta-se
um privilegiado, Draco, porque você é a primeira pessoa a quem conto isso. Eu sempre
fui louco pela Hermione. Sempre. Mas eu nunca tive coragem de magoar o Rony. Lembra
quando ele tava namorando a Lilá Brown? A Hermione desabou. Chorou na minha
frente e não foi só uma vez. Eu devo tá na porra duma friendzone, mas tudo bem.
Sabe por quê? Eu encontrei a Gina. Ou melhor, ela me encontrou. Ela me resgatou
quando eu tava no fundo do poço. Não só por causa da Hermione, mas por várias
outras coisas também. Sofrer em silêncio é uma merda. Mas tudo bem, uma hora as
coisas se acalmam. O Rony realmente gosta da Mione e ela vai ser muito feliz
com ele. E quer saber de uma coisa? Eu não troco a Gina por nada nesse mundo.
Draco olhava
para o chão. Harrya sorria. Draco olhou para Harry.
- Pelo
menos você tem alguém. Eu nunca tive ninguém, nem amigos.
- E a Pansy
Parkinson, aquela garota gostosinha com cara de buldogue? Você já pegou ela que
eu sei.
- Ela não
gosta de mim. Ela é afim do Blásio. Mas mesmo assim. Ninguém gosta de mim.
- Você é da
Sonserina, esperava que alguém gostasse de você?
Harry ajudou
Draco a se levantar. Ele o levou até o espelho.
- Olhe pra
você. Você está chorando. Sabe o que isso significa?
- Que eu
sou um fraco.
- Não. Você
é um ser humano. Você sente. Você pode querer ser frio, mas guardar não resolve
nada. Na verdade, só piora. A questão não é se a Pansy gosta de você, ou se
você tem amigos ou não. Apenas olhe pra você e tente enxergar aquilo que você
é. As pessoas vão gostar disso. Seu pai é um comensal da morte, tudo bem, você
só quer deixá-lo orgulhoso né?
- Você fala
assim com tanta naturalidade...
- Hehe,
pois é. Faz tempo que não te vejo entre os grandalhões da Sonserina. Não tem
mais graça ver o Crabbe e o Goyle tirando sarro do Neville sem você lá pra
soltar as piadinhas que você sempre solta. É sério, no dia em que o Rony foi
jogar como goleiro, a galera tava em peso pra rir dele. Estavam todos lá, menos
você. Eu pensei “tem alguma coisa errada”.
- Eu, Draco
Malfoy, sendo consolado por Harry Potter. É realmente tem alguma coisa errada.
Os dois
riram. Despediram-se. Foram embora, cada um seguindo seu caminho. Severo Snape,
que ouvia toda a conversa dos dois, falou baixinho:
- Porra, eu
pensei que eles fossem se pegar ali mesmo.
sexta-feira, 8 de março de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Sherlock ou a prova de que é possível se apegar a personagens fictícios
Nunca li livro algum de Sir Arthur Conan Doyle. Providenciarei isso assim que puder. Tudo que sei sobre Sherlock Holmes é o que pesquiso na internet e os poucos episódios que assisti de um seriado chamado The Adventures of Sherlock Holmes da década de 80. É um ótimo seriado e os fãs dizem que conseguem trazer brilhantemente o aspecto dos livros.
Mas aí encontramos a boa e velha liberdade poética que gera lindos frutos. Um deles é Sherlock da BBC. Temos Londres, Baker Street, Sra. Hudson, todos os elementos que compõem este tão conhecido ambiente que é o de Sherlock Holmes. Adaptado (e muito bem adaptado) nos tempos de hoje, cada episódio é baseado em alguma obra original. Mas claro, levando a criatividade até o limite.
Gosto muito de um ator chamado Jeremy Brett, na verdade gosto demais dele. Dizem que ele é o ator que melhor reproduziu o Sherlock dos livros. Mas aqui temos um carinha chamado Benedict Cumberbatch (não é todo mundo que tem um nome desses) que cria um personagem único. Um adorável sociopata. E o desenvolvimento dos personagens é perfeito, logo no primeiro episódio é possível ficar seriamente cativado com o que vemos na tela.
No começo achei o Martin Freeman (Dr. Watson) meio sem expressão, mas aos poucos fui gostando cada vez mais não só do personagem em si mas da química entre ele e Sherlock. A dupla de protagonistas é perfeita e mais, os roteiros são geniais, daqueles que explodem sua cabeça de tanto que é trabalhado.
As duas primeiras temporadas possuem seis episódios ao todo, cada um com uma média de 90 minutos que passam voando. O último episódio é arrebatador, de todas as formas que essa palavra pode ser empregada. Se você ainda não assistiu, cuidado com os spoilers. Na verdade, providencie logo assistir essa obra-prima. Vale muito a pena até pra quem não é fã dos livros ou simplesmente do personagem. É um seriado engraçado, tenso, inteligentíssimo e muito devastador em certos momentos. É sério, evite pesquisar coisas sobre a trama, assista logo. E já vou logo avisando. O último episódio não é recomendável para aqueles que se abalam facilmente.
Mas aí encontramos a boa e velha liberdade poética que gera lindos frutos. Um deles é Sherlock da BBC. Temos Londres, Baker Street, Sra. Hudson, todos os elementos que compõem este tão conhecido ambiente que é o de Sherlock Holmes. Adaptado (e muito bem adaptado) nos tempos de hoje, cada episódio é baseado em alguma obra original. Mas claro, levando a criatividade até o limite.
Gosto muito de um ator chamado Jeremy Brett, na verdade gosto demais dele. Dizem que ele é o ator que melhor reproduziu o Sherlock dos livros. Mas aqui temos um carinha chamado Benedict Cumberbatch (não é todo mundo que tem um nome desses) que cria um personagem único. Um adorável sociopata. E o desenvolvimento dos personagens é perfeito, logo no primeiro episódio é possível ficar seriamente cativado com o que vemos na tela.
No começo achei o Martin Freeman (Dr. Watson) meio sem expressão, mas aos poucos fui gostando cada vez mais não só do personagem em si mas da química entre ele e Sherlock. A dupla de protagonistas é perfeita e mais, os roteiros são geniais, daqueles que explodem sua cabeça de tanto que é trabalhado.
As duas primeiras temporadas possuem seis episódios ao todo, cada um com uma média de 90 minutos que passam voando. O último episódio é arrebatador, de todas as formas que essa palavra pode ser empregada. Se você ainda não assistiu, cuidado com os spoilers. Na verdade, providencie logo assistir essa obra-prima. Vale muito a pena até pra quem não é fã dos livros ou simplesmente do personagem. É um seriado engraçado, tenso, inteligentíssimo e muito devastador em certos momentos. É sério, evite pesquisar coisas sobre a trama, assista logo. E já vou logo avisando. O último episódio não é recomendável para aqueles que se abalam facilmente.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Harmony
Por que
Harry Potter e Hermione Granger não ficaram juntos? Porque a autora não quis.
Mas veja só como são as coisas. Uma das grandes diferenças entre os filmes do
Harry Potter e os livros é essa química entre Harry e Hermione, algo que não
está presente nos livros. A própria autora confessou que no começo planejava
que os dois ficassem juntos, mas a ideia não vingou. Isso fica bem claro nos
livros. Nos filmes não.
É quase
como se os roteiristas torcessem pelos dois mesmo sabendo que no final eles não
ficam juntos. São tantos olhares, tantos detalhes. Mas não, Hermione fica com
Rony Weasley tanto nos livros quanto nos filmes. Os roteiristas não fariam essa
leviandade de mudar drasticamente a história só para agradar a eles mesmos. Mas
os detalhes estão lá, é quase como se nem houvesse razão pra Hermione ficar com
o Rony no final. Quem lê os livros entende porque ela gosta do Rony. Nos filmes
não.
Os livros
focam muito mais na relação de amizade entre o Harry e o Rony do que nos
filmes. Hermione é bem mais apegada ao Rony do que ao Harry. Já nos filmes a
relação de amizade entre Harry e Hermione é mais enfatizada, existe uma química
muito grande entre eles. E essa química é, na minha humilde opinião, um dos
fatores que eleva a saga de filmes ao patamar de uma grande obra-prima.
Eu gosto de
liberdade poética. Uma adaptação muito fiel a obra original acaba virando
cópia, sem nada de mais. Prefiro quando o diretor expressa sua visão perante a
obra. Uma dessas visões é a possível paixão silenciosa entre Harry e Mione.
Silenciosa porque em nenhum momento ela é explícita, é apenas algo subjetivo,
presente apenas nos detalhes. Há quem diga que não passe de amizade pura e
verdadeira. Mas não e já explico o por quê.
Hermione
pesquisou tudo sobre Harry Potter, conhecido como o menino que sobreviveu,
antes de conhecê-lo no expresso de Hogwarts. Criou uma expectativa, mas estamos
falando de crianças aqui e ela apenas pesquisou sobre ele por ser uma garota
estudiosa. Tudo bem. Os dois primeiros filmes são os que eu menos gosto justamente
por causa dessa questão da fidelidade. Eles são fieis demais, até demais. São
fieis mesmo deixando passar muitas coisas boas dos livros. Não consigo
encontrar nada dessa tal química entre eles nos dois primeiros filmes
justamente porque isso é um elemento que NÃO está nos livros. Salvo o momento
da Câmara Secreta em que Hermione fica petrificada. Harry se senta no cantinho
da maca e murmura dizendo que sente a falta dela e queria que ela estivesse ali
com ele. Mas calma. O terceiro filme é bastante diferente do livro e é uma
obra-prima.
Em O Prisioneiro
de Azkaban há uma cena no vilarejo de Hogsmead em que Harry está chorando
escondido em sua capa de invisibilidade. Hermione vem consolá-lo enquanto Rony
fica calado no fundo. Mesmo ele estando invisível ela o encontra. Talvez pelas
pegadas, ou pelo som do choro dele, ou talvez pelo fato dela estar perdidamente
apaixonada por ele e não admitir isso. Pode ser coisa minha, mas acho nesse
filme ela é bem mais apegada ao Harry do que ao Rony.
No Cálice
de Fogo tem uma cena em que Harry está numa tenda esperando a prova envolvendo
o dragão começar. Hermione aparece por entre os panos da tenda e começa a
conversar com Harry, preocupada se ele está bem. Detalhe, os dois não se veem,
apenas ouvem o som de suas vozes por entre os panos da tenda. E de repente ela
o abraça. Um abraço inesperado. E é a coisa mais linda do mundo
Eu sei, tem
o baile que favorece toda aquela coisa dela e do Rony, mas daqui a pouco eu
chego lá. Focalizemos por enquanto somente em Harmony (Harry + Hermione).
Na segunda
prova, Harry estava destinado a salvar apenas Rony do lago negro. Mas sua
primeira reação é salvar Rony e Hermione. As sereias não deixam e ela é salva
por Vítor Krum. Tudo bem, talvez ele só quisesse salvá-la por ela ser sua
amiga. Como eu odeio essa palavra! “Ela é só minha amiga” Isso é desculpa
quando o cara não quer pegar mulher feia. E a Hermione não é nem um pouco feia.
Sabe como é
a primeira cena da Hermione na Ordem da Fênix? Ela abraça o Harry
inesperadamente. Gosto muito da cena em que o trio dialoga sobre o beijo de
Harry e Cho Chang. Não vemos ciúmes, mas quando Rony insinua que Harry não
saiba beijar, ouvimos uma frase bem interessante de Mione: “Aposto que o beijo
do Harry foi mais que satisfatório”. Detalhes. Detalhes que talvez apenas eu
veja.
Lembra
quando o Voldemort entra no corpo do Harry, feito um encosto? Aí pra não deixar
que o Lorde das Trevas o mate por dentro, o Harry começa a focalizar nas coisas
da vida dele que valem a pena. A lembrança de seus pais, seus amigos, enfim. O
que mais me chamou atenção foi que subitamente ele se lembra de um abraço
inesperado que Hermione deu quando eles eram crianças. E também da risada dela.
Pode procurar, vemos a imagem de Hermione rindo e ouvimos sua risada, som este
tão emocionante e agradável aos ouvidos quanto a sublime trilha sonora. É
realmente algo que se vale a pena viver.
E então
chegamos no Enigma do Príncipe. O filme que deveria ser o auge do tão esperado
romance entre Rony e Mione. E claro, Harry e Gina. Vemos Hermione chorando
porque Rony está com outra. E sabe quem vai consolá-la? Ele mesmo. O Sr.
Potter. Tudo bem, eles são só amigos, beleza.
A última
cena desse filme é um diálogo entre Harry e Hermione no alto da torre de
astronomia. Ela diz, mais uma vez, que eles estão juntos nisso tudo. A última
frase do filme é dita por Harry que é “Nunca percebi como este lugar é lindo!”
Mas aí
temos o auge. Relíquias da morte parte 1 é simplesmente o auge da química entre
Harry e Mione. O modo como ela mexe no cabelo dele, o modo como ela subitamente
se lembra da importância de comemorar o aniversário do Harry, eu não sei, são
coisas tão bobas que parecem pequenas demais para serem citadas aqui.
É então que
somos contemplados com a cena que ouso dizer que é o melhor momento de toda a
saga. Harry e Hermione estão sozinhos na barraca. Ele se senta. Uma música no
rádio toca ao fundo. Ele vê Hermione. Ela está triste. Quase chorando. Ele se
levanta. Ele estende a mão pra ela. Ela pega sua mão e se levanta. Ele meio que
começa a dançar uma cômica valsa. Aos poucos, ela se deixa levar. A música que
antes tocava apenas no fundo predomina toda a cena. E os dois começam a dançar.
Ela sorri. Eles dançam como os pais de Harry dançam na tão amada fotografia que
ele tem guardado. Até que estranhamente os dois param de dançar. A música volta
ao fundo como antes. E eles se olham. Deus! O olhar deles! Nenhuma palavra é
dita nessa cena. É simplesmente perfeito.
E outra.
Quando eles fogem da cobra Nagini e desaparatam para perto de um rio, bem longe
dali. Ela diz as seguintes palavras: “Acho que devíamos ficar aqui, Harry.
Ficar velhinhos”.
Envelhecer
juntos. Que ideia!
Mas vamos
refletir um pouco. Por quê? Ou melhor, por que não? Primeiramente por que essa
não era a mensagem da autora dos livros e ninguém iria passar por cima disso.
Repare que falo de detalhes presentes apenas nos filmes, os livros justificam
perfeitamente Hermione ficar com o Rony e o Harry ficar com a Gina. Por exemplo, no livro do Cálice de Fogo há um momento em que Harry e Rony ficam sem se falar. Harry então passa tempo integral com Hermione. A rotina passa a ser apenas biblioteca e estudo. Ou seja, eles não têm tanta intimidade assim sem o Rony intervindo entre eles. Eu acho isso triste. Por isso
vamos refletir pelo ponto de vista dos filmes que é onde toda essa coisa está
presente.
Rony e
Hermione nem se gostavam no começo da saga. Repare no clube do bolinha do
primeiro filme formado por Harry, Rony, Simas Finnigan e Dino Thomas. Rony
literalmente escarra Hermione dizendo que ela não tem amigos. Ela ouve. Passa
direto por eles segurando uma penca de livros e com tristeza no olhar.
Mas é como se aos poucos Rony e Hermione começassem a desenvolver algo
dentro deles que nem eles mesmos entendem. Como o constrangido aperto de mão no
final da Câmara Secreta. Ou na aula com o hipogrifo no Prisioneiro de Azkaban
em que ela segura a mão de Rony meio que sem querer e eles ficam bem
envergonhados. Tudo bem.
E então vem
o baile de inverno no Cálice de Fogo. O escancarado ciúme de Rony. Vítor Krum
aproveitou. Aproveitou bem. “O lance com o Vítor é uma coisa física” Mione sua
danadinha! Ele toma a atitude de convidá-la para o baile enquanto Rony se rasga
de ciúme mesmo que não admitindo nem pra si mesmo. E sabe o que ele faz? Faz
Hermione chorar. Simplesmente estraga a noite dela com suas palavras rudes,
egoístas e subjetivamente inseguras. Rony é um cara inseguro.
Mione chora
e grita com Rony “No próximo baile, crie coragem e me convide antes que outro o
faça. E não como última opção!” Rony, seu idiota. Não nego que ela goste dele.
Ela gosta. Mas o Rony é muito idiota.
Em meio a
tudo isso, temos Harry que nem sabe direito o que diabos tá acontecendo. Ele
acompanha seu amigo enquanto Hermione chora no pé da escada. Harry nunca
deixaria que isso acontecesse.
Entenda,
ninguém é perfeito. Rony é um cara legal, corajoso e leal a seus amigos. Mas é
inseguro, não confia no seu taco. Ele sempre gostou dela. Foi algo que cresceu
aos poucos dentro dele e que simplesmente o dominou por completo. Sim, Rony
sempre foi loucamente apaixonado pela Mione, nunca neguei isso. Gosto de
acreditar que Harry, na categoria de melhor amigo, sempre soube disso, sempre
notou. Sendo assim, a razão principal de Harry e Mione não ficarem juntos é a
consideração que ele tem pelo amigo. Rony jamais superaria. Seria uma
apunhalada em suas costas, a amizade deles jamais voltaria a ser a mesma. Harry
sabe disso. Ele conhece o amigo. Sabe que a insegurança o domina. Não valeria a
pena perder uma amizade que o ajudou tanto por causa de uma garota. Mas não é só
uma garota, é a Hermione Granger, porra!
É aí que
entra a Gina. Harry gosta dela, tudo bem. Mas a Gina sempre foi louca por ele. Sempre.
Repare na primeira cena dela na Câmara Secreta. O modo como ela arregala os
olhos e corre quando vê Harry ali em carne e osso na sua frente. “A Gina falou
de você o verão inteiro.” Uma paixão platônica nutrida desde criança. Mas veja
o quanto essa saga é genial. Isso não impede Gina Weasley de ser par de Neville
Longbottom no baile. Gosto de acreditar que ela tirou o cabaço dele nessa
noite. Também não a impede de ficar com Dino Thomas e de chorar por ele. Isso também
não a impede de acabar se casando com Harry no fim das contas. Ou você esperava
que eles se casassem virgens?
É aquela
velha história de testar as outras opções até encontrar a certa. Assim como a
vida. Veja bem, Harry nunca foi afim da Gina no começo. Ele queria pegar era a
Cho Chang. Suponhamos que ele tenha aceitado dentre dele que Hermione era a
menina dos olhos do seu melhor amigo. Ah, lá está uma japonesinha me dando
mole. Vou investir, quem sabe eu esqueço essa loucura de querer pegar a paixão
do meu melhor amigo. Esta é uma interpretação bastante pessoal, por isso
entendo se você não concordar.
Mas aí a
Cho Chang some. Presume-se que não deu certo entre eles. E então nosso herói
passa a gostar da Gina. Ironicamente isso acontece quando ela tá namorando o
Dino Thomas. Mas aí ela termina o namoro, aparece chorando e Harry se levanta
da mesa meio que sem saber o que fazer. Aos poucos ele foi gostando cada vez
mais da Gina, principalmente quando foi reconhecendo o quanto ela gosta dele. Mas
não é Gina quem está sempre perto do Harry. É Hermione.
E então temos
Lavender Brown, garota que passa a namorar Rony Weasley e razão das lágrimas de
Hermione. Rony nunca gostou dela. Ele gostava da situação, gostava de ter uma
namorada. Tanto é que quando ele começou a conhecê-la (note que isso só
aconteceu DEPOIS que eles começaram a namorar) ele agradeceu por terem
terminado. E por que terminaram? Porque quando Rony estava hospitalizado a
primeira coisa que ele murmurou foi o nome dela. Mione. Estava meio que
dormindo, quase inconsciente e murmurou baixinho o nome dela como se clamasse
por uma necessidade. Hermione tinha que reconhecer isso. E Harry também.
Calma, não
estou dizendo que Mione só ficou com Rony por pena, não. Tanto é que ela chora
por ele. Nesse momento, quando Harry vem consolá-la, ela diz que sabe que o
Harry é afim da Gina. Fico imaginando se ela não soubesse, ou se ela não
tivesse que aceitar isso. Mas ela tem que aceitar. ‘Harry tá afim da Gina, não
de mim’. O momento em que Rony estava namorando com Lilá era a oportunidade
perfeita pro Harry ficar com a Mione. Por que não ficou? Consideração a Gina,
talvez. Medo que ela chorasse como Mione está chorando. Não, Harry não queria
isso. E se é isso, por que ele e a Gina não ficam logo imediatamente? Bem, eles
acabam se beijando quando têm a primeira oportunidade na sala precisa. Acho perfeito
como a Gina toma a iniciativa.
Depois disso,
Harry e Gina não param de se pegar. Mas aí temos Relíquias da Morte parte 1
quando Harry e Hermione ficam sozinhos na jornada. SOZINHOS! E temos o melhor
casal que eu já vi em toda minha vida. Eles não precisam se pegar pra serem
perfeitos. Mas por que não se pegam?
Lembra
quando Rony volta? E ele vai destruir a horcrux? O medalhão impõe medo a Rony
fazendo-o enfrentar todas as suas inseguranças. Dizem que o sonho de um é o
pesadelo de outro. Rony vê seu maior medo diante de seus olhos. Harry e
Hermione se beijando loucamente. É só uma visão, eu sei. É um medo obscuro que
Rony sempre nutriu. Harry sempre soube disso e sempre teve consideração. Mas como
eu queria que aquele beijo fosse real. O melhor beijo da saga.
Rony nunca
deixa de ser idiota. O modo como ele expressa o amor que sente por Hermione
quando ele volta é ridículo. Mas pelo menos ele finalmente se expressou ao
invés de continuar insistindo no erro. Hermione tinha que considerar isso. É, o
jeito é ficar mesmo com o Rony. Ele é um cara legal, fiel e tudo mais. E além
disso, o Harry já tá muito bem com a Gina mesmo. Nada como o conformismo para
destruir um lindo sonho.
A autora já
considerou que o Rony morresse. Talvez só assim desse certo entre Harmony. Mas será
que valeria a pena? Não. Essa saga já tem mortes demais, perder mais um ótimo
personagem apenas para satisfazer um capricho não iria valer a pena.
Já ouvi
quem diga que Harry só não ficou com a Hermione porque seria muito clichê o
protagonista ficar com a mocinha. É simplesmente o argumento mais ridículo. Harry
Potter não é uma saga sobre protagonistas e vilões. É uma saga sobre vida. Sobre
seres humanos, sentimentos, problemas, superação. É isso e muito mais. A vida
não se resume a protagonistas e mocinhas.
São personagens,
mas são personagens muito humanos. Cheios de problemas, inseguranças e
conflitos internos. Eu não acho que Hermione não deveria ficar com Rony simplesmente
porque ele é um babaca, não. Nem acho que Harry e Hermione deveriam ficar
juntos apenas porque combinam ou porque são um “casal perfeito”. Acho isso porque eles se amam. Se amam muito,
mesmo que não admitiam isso. Mesmo que não saibam. É uma coisa presente apenas nos filmes mas que me
faz refletir muito. Se eles não se amassem não haveria tantos detalhes assim ao
longo da saga. Eu tenho muita esperança que no futuro o Harry traia a Gina e
finalmente pegue a Hermione de jeito. Não tô nem aí se virasse uma novela do
Manoel Carlos, tudo poderia se resolver com um bom obliviate.
Mas é isso.
Tudo que resta são os desejos e os detalhes. Rony, seu sortudo filho da puta! Mas
jamais esqueçamos uma coisa. Lembra do último filme? Sabe o que acontece com o
Harry assim que ele diz que está destinado a morrer? Sabe o que acontece assim
que ele diz que não há como ele sair vivo dessa batalha?
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
O Inferno é lá em cima - romance em produção
esse é o rascunho de como mais ou menos eu queria que fosse a capa do livro. Este é Ares, o protagonista, segurando o que deveria ser uma arma e um feto abortado.
Inspirando-me no personagem de Josh Brolin no filme Onde os Fracos Não tem Vez e misturando uma pitada de Sergio Leone, crio este complexo protagonista. Diferente do romance anterior, o foco será mais nas atitudes dos personagens e menos no psicológico deles (como que em cenas de um filme).
O começo é simples. Após dias rastejando no deserto, com fome e sede, Ares encontra algo que parece ser um funeral. Como um abutre, ele começa a chamar atenção no funeral e...
Enfim, não vou dar muitos detalhes. Até porque a trama tem muito que se desenrolar. Comecei a escrever ontem e tenho muitas coisas em mente (inclusive a importância do feto abortado). Espero terminar antes do fim de fevereiro.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Minha mãe foi a um funeral hoje de manhã
Uma vizinha daqui da rua se matou. Não sei como estão os filhos dela, mas eu que nem conheço a mulher já fico desanimado, quem dirá os filhos.
Minha mãe foi ao funeral dela e eu fiquei em casa. Não sei lidar com coisas assim, preferi ficar em casa. Minha mãe foi de azul e disse que era porque azul representava o céu, o paraíso.
Aí eu ligo a televisão e em todo canto tem a notícia do incêndio na boate. Foi uma palhaçada, o extintor de incêndio não funcionava e a espelunca não tinha uma saída de emergência. Parece clichê, mas só há fiscalização após a tragédia.
Podiam ter fiscalizado a boate antes do incêndio ou a minha vizinha antes do suicídio.
Minha mãe foi ao funeral dela e eu fiquei em casa. Não sei lidar com coisas assim, preferi ficar em casa. Minha mãe foi de azul e disse que era porque azul representava o céu, o paraíso.
Aí eu ligo a televisão e em todo canto tem a notícia do incêndio na boate. Foi uma palhaçada, o extintor de incêndio não funcionava e a espelunca não tinha uma saída de emergência. Parece clichê, mas só há fiscalização após a tragédia.
Podiam ter fiscalizado a boate antes do incêndio ou a minha vizinha antes do suicídio.
domingo, 27 de janeiro de 2013
Maldito Seja
Maldito aquele que te leva a sério.
Maldito aquele que acha que qualquer coisa que sai da sua boca vale a pena ser considerada.
Maldito aquele que procura o que você quer
Porque nem você sabe o que quer
Maldito aquele que acha que qualquer coisa que sai da sua boca vale a pena ser considerada.
Maldito aquele que procura o que você quer
Porque nem você sabe o que quer
sábado, 26 de janeiro de 2013
Deviantart - Por que eu amo esse site
deviantart é meio que uma rede social onde as pessoas se cadastram e postam seus desenhos ou fotos. nunca postei nada, mas visito quase que diariamente e deixarei aqui aqueles que são os desenhos que mais me fascinam
Trelawney. Já falei que amo ela?
Tinky Winky dos Teletubbies
Uma das melhores cenas do cálice de fogo, mas que infelizmente não está no filme. Pena!
Mein Fuhrer, I Can Walk
My Neighbor Seinfeld
Fargo (quem não assistiu, favor providenciar isso logo)
Por hoje é isso. quem quiser mair é só acessar o site aqui
Trelawney
na ordem da fênix ela aparece, mas pouco. Muito pouco, na minha humilde opinião. Salvo uma cena deletada, que eu particularmente acho que deveria estar no filme nem que fosse após os créditos.
no cálice de fogo é como se ela nem existisse, mas ela não é o único elemento descartado nesse filme. Não tem pra onde correr, o jeito é recorrer aos livros.
no relíquias da morte ela aparece, mas é uma figurante. Mas tudo bem, tudo bem, sempre teremos os livros...
no meu tumblr eu costumava postar trechos dos livros do harry potter que eu desenhava. claro que a primeira aula da trelawney foi uma de minhas primeiras postagens.
"Abram suas mentes, meus queridos, e deixem os olhos verem além do que é mundano!"
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
O Universo Veio do Nada?
Esta aula pode ser um pouco complicada de se entender. Eu sou totalmente leigo nessa área, mas Neil deGrasse Tyson é um cara que me faz despertar um grande interesse nos mistérios do universo.
A Teoria da Relatividade de Einstein não é tão difícil de entender. Basta um professor capacitado que a explique. Não sei como explicar aqui, então, tudo que quero focar é que partindo de um princípio confirmado pela teoria da relatividade (de que o universo é plano) parte a hipótese de que provavelmente a matéria pode nascer do nada.
Não é lindo isso? As pessoas acham tão absurda a ideia de que o universo veio do nada. E aí vem um brilhante cientista num vídeo dizer que essa hipótese não só é possível como é a mais provável. Por que algo não pode vir do nada? Que mal há nisso?
Bem...
Escrevi o livro sem saber como divulgá-lo.
Fiz o blog com a intenção de divulgar o livro.
Não sei como se faz pra divulgar um blog.
Então, enquanto ninguém visita essa porra, eu vou postando o que me der na telha!
Vamos começar falando sobre um dos meus assuntos preferidos: egocentrismo.
Todos são egocêntricos. Alguns mais do que outros. Todo mundo gosta de ser amado, de ser reconhecido, todo mundo gosta de aprovação. A supervalorização da imagem de seu ego vem da necessidade por aprovação. Você pode odiar uma pessoa, mas no fundo você quer que ela goste de você. O ego leva a pessoa a querer ser invejado, faz a pessoa ficar viciada em sucesso. Mais do que isso. Não basta ter sucesso. É preciso que as pessoas digam "Esse cara é foda! Ele merece!". É preciso que todos reconheçam isso. Todos, sem exceção. O ego mata.
Mata porque o sucesso e o reconhecimento vem de merecimento e o ego não sabe o que é merecimento. Seu ego quer aprovação em qualquer coisa, não importa seu esforço. O ego é como um animal de estimação. Você o alimenta achando que ele vai te ajudar, mas no final ele fica maior do que você e acaba te matando. Por isso, pessoas que passam a vida alimentando a imagem de seus egos são as primeiras a desabarem. E quando digo desabarem quero dizer que são as primeiras a se sentirem humilhadas por qualquer besteira. São as primeiras a guardar rancor. Acabam aos poucos se destruindo por dentro.
Pessoas dominadas pelo ego veem problemas em todos, menos nelas mesmas. Gostam de se gabar, até das coisas mais banais. Gostam de se gabar até de seus defeitos. Querem que os outros acreditem que até seus defeitos são qualidades. "Sou assim e pronto, foda-se o resto. Quem me conhece sabe que eu sou desse jeito e não mudo por ninguém".
A mudança é uma coisa boa. E mudar pra melhor é apenas uma questão de ponto de vista. O problema é que pessoas egocêntricas não mudam. Sofrem, mas não mudam. Sofrem sem entender o motivo de seu sofrimento. Culpam a todos, menos elas mesma. Adoram ser a vítima. Adoram sair ilesas dos próprios crimes. Pessoas assim não mudam até que por algum milagre reconheçam que o mundo não gira em torno delas, que todos tem suas necessidades e problemas, que é chato ficar perto de alguém que não sabe ouvir.
É bom ser ouvido, mas ouvir é melhor ainda. Porque cada cabeça é um mundo. Ficamos presos em nossos mundos por tempo demais, é bom visitar outros mundos de vez em quando e aprender com eles. A vida é tão boa e nós somos tão tolos por não querermos acreditar nisso! O mundo é tão grande e nós somos tão pequenos para acharmos que nosso ego é a coisa mais importante da vida!
A questão é que podemos ser melhores do que a imagem de nossos egos. Podemos ser felizes sem precisar que alguém reconheça isso. Podemos conseguir coisas bem mais importantes do que apenas aprovação de terceiros. A única aprovação realmente necessária é a aprovação pessoal. É preciso se agradar antes de querer agradar qualquer pessoa. Mas antes de tudo, é preciso se conhecer. É preciso assumir seus desejos, traumas, defeitos e talentos. É preciso botar a mão na consciência e reconhecer que somos todos mais parecidos do que pensamos. É preciso ter humildade. E mais, é preciso realmente ter humildade e em nenhum momento se gabar disso. Sim, há pessoas que se consideram humildes e se gabam disso. Ficam se gabando em silêncio, apenas para elas mesmas. Apenas para seu ego. Presas numa prisão que elas mesmas criaram. Nem sabem que estão presos. Coitados. Morrem sozinhos porque gente egocêntrica é um saco.
É isso.
Fiz o blog com a intenção de divulgar o livro.
Não sei como se faz pra divulgar um blog.
Então, enquanto ninguém visita essa porra, eu vou postando o que me der na telha!
Vamos começar falando sobre um dos meus assuntos preferidos: egocentrismo.
Todos são egocêntricos. Alguns mais do que outros. Todo mundo gosta de ser amado, de ser reconhecido, todo mundo gosta de aprovação. A supervalorização da imagem de seu ego vem da necessidade por aprovação. Você pode odiar uma pessoa, mas no fundo você quer que ela goste de você. O ego leva a pessoa a querer ser invejado, faz a pessoa ficar viciada em sucesso. Mais do que isso. Não basta ter sucesso. É preciso que as pessoas digam "Esse cara é foda! Ele merece!". É preciso que todos reconheçam isso. Todos, sem exceção. O ego mata.
Mata porque o sucesso e o reconhecimento vem de merecimento e o ego não sabe o que é merecimento. Seu ego quer aprovação em qualquer coisa, não importa seu esforço. O ego é como um animal de estimação. Você o alimenta achando que ele vai te ajudar, mas no final ele fica maior do que você e acaba te matando. Por isso, pessoas que passam a vida alimentando a imagem de seus egos são as primeiras a desabarem. E quando digo desabarem quero dizer que são as primeiras a se sentirem humilhadas por qualquer besteira. São as primeiras a guardar rancor. Acabam aos poucos se destruindo por dentro.
Pessoas dominadas pelo ego veem problemas em todos, menos nelas mesmas. Gostam de se gabar, até das coisas mais banais. Gostam de se gabar até de seus defeitos. Querem que os outros acreditem que até seus defeitos são qualidades. "Sou assim e pronto, foda-se o resto. Quem me conhece sabe que eu sou desse jeito e não mudo por ninguém".
A mudança é uma coisa boa. E mudar pra melhor é apenas uma questão de ponto de vista. O problema é que pessoas egocêntricas não mudam. Sofrem, mas não mudam. Sofrem sem entender o motivo de seu sofrimento. Culpam a todos, menos elas mesma. Adoram ser a vítima. Adoram sair ilesas dos próprios crimes. Pessoas assim não mudam até que por algum milagre reconheçam que o mundo não gira em torno delas, que todos tem suas necessidades e problemas, que é chato ficar perto de alguém que não sabe ouvir.
É bom ser ouvido, mas ouvir é melhor ainda. Porque cada cabeça é um mundo. Ficamos presos em nossos mundos por tempo demais, é bom visitar outros mundos de vez em quando e aprender com eles. A vida é tão boa e nós somos tão tolos por não querermos acreditar nisso! O mundo é tão grande e nós somos tão pequenos para acharmos que nosso ego é a coisa mais importante da vida!
A questão é que podemos ser melhores do que a imagem de nossos egos. Podemos ser felizes sem precisar que alguém reconheça isso. Podemos conseguir coisas bem mais importantes do que apenas aprovação de terceiros. A única aprovação realmente necessária é a aprovação pessoal. É preciso se agradar antes de querer agradar qualquer pessoa. Mas antes de tudo, é preciso se conhecer. É preciso assumir seus desejos, traumas, defeitos e talentos. É preciso botar a mão na consciência e reconhecer que somos todos mais parecidos do que pensamos. É preciso ter humildade. E mais, é preciso realmente ter humildade e em nenhum momento se gabar disso. Sim, há pessoas que se consideram humildes e se gabam disso. Ficam se gabando em silêncio, apenas para elas mesmas. Apenas para seu ego. Presas numa prisão que elas mesmas criaram. Nem sabem que estão presos. Coitados. Morrem sozinhos porque gente egocêntrica é um saco.
É isso.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Tumblr
Confesso que uma das melhores coisas que já aconteceu na minha vida foi o Tumblr. Fiz minha conta nessa humilde rede social em julho de 2011, sem nem nenhuma ideia do que poderia esperar.
Na verdade, fiz por causa de uma garota que eu stalkeava. Passava horas futricando o twitter dela quando notei que na descrição do perfil dela havia um link. Era o link do tumblr dela. Fui atrás de saber o que era aquilo e não me arrependi. Fiz meu tumblr achando que fosse conseguir apenas chamar atenção dela, mas consegui algo melhor.
Foi como se eu descobrisse um novo mundo.
Claro que eu tive que dar unfollow em muita gente chata que postava muita besteira, até nos melhores lugares há gente inútil. Mas apesar de tudo, o tumblr é uma grande porta para a criatividade. Se você é criativo, será muito valorizado. Se não é criativo, passará a ser.
Depois de um tempo tive a ideia de postar meus desenhos. Postava tirinhas sempre que podia e fico feliz por cada pessoa que reconheceu isso. Minhas tirinhas jamais teriam reconhecimento algum no facebook. O Tumblr massageia minha mente cansada praticamente todos os dias. Até quando vou na casa de amigos eu faço questão de abrir o tumblr.
Sem o tumblr, eu jamais teria escrito livro algum (o que pra mim já é uma vitória), jamais teria me interessado por Harry Potter (uma de minhas melhores influências), teria deixado de assistir uma penca de filmes que hoje eu amo de paixão, talvez eu até nunca teria me interessado em ouvir Black Sabbath, Led Zeppelin e até Beatles. Sim, o tumblr foi uma das melhores coisas que já me aconteceu.
Fiz amigos no tumblr. Poucos, mas o que importa é a qualidade.
Se um dia o tumblr acabar eu erguerei minha cabeça e direi com muito orgulho "EU FUI UM UNICÓRNIO!"
Na verdade, fiz por causa de uma garota que eu stalkeava. Passava horas futricando o twitter dela quando notei que na descrição do perfil dela havia um link. Era o link do tumblr dela. Fui atrás de saber o que era aquilo e não me arrependi. Fiz meu tumblr achando que fosse conseguir apenas chamar atenção dela, mas consegui algo melhor.
Foi como se eu descobrisse um novo mundo.
Claro que eu tive que dar unfollow em muita gente chata que postava muita besteira, até nos melhores lugares há gente inútil. Mas apesar de tudo, o tumblr é uma grande porta para a criatividade. Se você é criativo, será muito valorizado. Se não é criativo, passará a ser.
Depois de um tempo tive a ideia de postar meus desenhos. Postava tirinhas sempre que podia e fico feliz por cada pessoa que reconheceu isso. Minhas tirinhas jamais teriam reconhecimento algum no facebook. O Tumblr massageia minha mente cansada praticamente todos os dias. Até quando vou na casa de amigos eu faço questão de abrir o tumblr.
Sem o tumblr, eu jamais teria escrito livro algum (o que pra mim já é uma vitória), jamais teria me interessado por Harry Potter (uma de minhas melhores influências), teria deixado de assistir uma penca de filmes que hoje eu amo de paixão, talvez eu até nunca teria me interessado em ouvir Black Sabbath, Led Zeppelin e até Beatles. Sim, o tumblr foi uma das melhores coisas que já me aconteceu.
Fiz amigos no tumblr. Poucos, mas o que importa é a qualidade.
Se um dia o tumblr acabar eu erguerei minha cabeça e direi com muito orgulho "EU FUI UM UNICÓRNIO!"
Sobre os contos - parte I
Tenho também um livro de contos. Este foi escrito de uma forma bem diferente do que do romance. Os contos foram escritos com um intervalo de tempo bem longo um do outro. São oito contos ao todo: Bule de Chá, Silêncio, Chagas, Romance em Terceira Pessoa, Ela, Nos Encontramos de Novo, Não Fique Confuso e A Paixão do Carpinteiro.
Alguns deles foram escritos em plena sala de aula. O processo e as fontes de criação de cada um deles foi bem diferente um do outro. O link para compra está aqui.
Sobre Bule de Chá, o conto. No caderno em que comecei a escrevê-lo, fiz este desenho na folha ao lado do conto.
Por hoje é só. Em breve postarei sobre os outros contos!
Alguns deles foram escritos em plena sala de aula. O processo e as fontes de criação de cada um deles foi bem diferente um do outro. O link para compra está aqui.
Sobre Bule de Chá, o conto. No caderno em que comecei a escrevê-lo, fiz este desenho na folha ao lado do conto.
Fiz esse desenho antes de terminar o conto, então no desenho há alguns elementos que não usei no produto final. Bule de Chá é como é chamado um feiticeiro que perdera um dos braços. Ele está aí no desenho soltando fogo pela varinha. O coelhinho aí ao lado dele é muito importante pra trama. Não sei o que o gordinho e o demônio voando fazem aí no desenho, eles não aparecem no conto.
É o primeiro e o mais longo conto do livro. E na minha humilde opinião, o melhor. Tenho muito ciúme dos outros contos, mas este é o meu preferido. Mas também gosto muito do conto que vem logo após esse.
Silêncio.
Quando eu tinha dez anos e estava na quarta séria, uma garota (que foi a primeira menina por quem me apaixonei) havia feito um livrinho. Não sei sobre o que era, mas cheguei a ver a capa. O nome era A Ágatha de Fogo.
Ano passado, conversei pelo telefone com essa garota. Ela me disse que estudava de manhã e trabalhava a tarde. Isso mexeu com a minha cabeça. Pensei no quanto isso pode ser estressante. Silêncio é mais ou menos sobre isso. Uma garota chamada Ágatha que precisa lidar com coisas assim.
Sim, eu amo Bule de Chá, mas também amo demais esse conto. Não só pela protagonista, mas por tudo que ele representa. Espero que todos que leiam se identifiquem com os problemas de Àgatha.Por hoje é só. Em breve postarei sobre os outros contos!
Quem é fã de mpb vai notar de onde vem esses tais olhos verdes.
A letra dessa música até hoje brinca com a minha imaginação. Ao longo do romance, trechos de essa e outras músicas marcam presença. Mas esta não foi minha inspiração maior.
Como eu amo esses caras! Esta é a capa do álbum Abbey Road. Tive uma ideia de criar uma história dividida em capítulos. Já havia escrito alguns contos sem nenhuma pretensão e decidi criar uma história mais longa. Pensei então numa coisa: cada capítulo do livro seria como cada faixa do álbum Abbey Road. Come Togheter, Something... cada capítulo seria uma analogia a cada uma das letras. Enquanto escrevia, abandonei essa ideia.
Mas esse álbum em específico foi a influência mais importante para a o livro. E sobre o livro... não sei dizer bem qual é a trama. É sobre duas amigas (Ana e Dalila). Mas a trama tem tanta reviravolta que nem sei como contar aqui. Bem, aqui está o link pra quem quiser.
O livro tá baratinho, vinte contos no cartão da mamãe não vai fazer falta!!! =D
Então...
Escrevi um livro. Não foi difícil. Foi trabalhoso, mas não foi difícil. Passei quatro dias inteiros com a minha mente ocupada nisso. Considero o livro curto, mas completo. Espero que quem leia não encontre muitas pontas soltas (embora algumas sejam propositais). Na verdade, só espero que alguém leia.
Publicar não foi difícil. o site Clube de Autores me deu plena liberdade em fazer isso. Recebi meu exemplar ontem e achei o trabalho deles simplesmente impecável.
A questão é que por ser um trabalho gratuito, a divulgação ficou inteiramente por minha conta. E aí vem a parte depressiva/enlouquecida/que dá vontade de gritar da história. Eu não sei como que se faz isso.
Terminei o ensino médio recentemente e estou de férias há bastante tempo (pra não dizer desempregado). Se um dia eu me estabilizar financeiramente, consegui um emprego bom, guardarei meu capital pra investir no livro. Até lá, vou me virar como posso aqui.
Ah sim, o nome do livro é Os Olhos Verdes da Mulata e o link pra compra está bem aqui
Publicar não foi difícil. o site Clube de Autores me deu plena liberdade em fazer isso. Recebi meu exemplar ontem e achei o trabalho deles simplesmente impecável.
A questão é que por ser um trabalho gratuito, a divulgação ficou inteiramente por minha conta. E aí vem a parte depressiva/enlouquecida/que dá vontade de gritar da história. Eu não sei como que se faz isso.
Terminei o ensino médio recentemente e estou de férias há bastante tempo (pra não dizer desempregado). Se um dia eu me estabilizar financeiramente, consegui um emprego bom, guardarei meu capital pra investir no livro. Até lá, vou me virar como posso aqui.
Ah sim, o nome do livro é Os Olhos Verdes da Mulata e o link pra compra está bem aqui
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